LÉON DENIS


O GRANDE APÓSTOLO DO ESPIRITISMO

O CONTINUADOR DO ESPIRITISMO

CODIFICADO POR ALLAN KARDEC

www.autoresespiritasclassicos.com


  



[11/9/25, Congrès Spirite] M. Léon Denis, Doyen du Spiritisme:

[photographie de presse] / [Agence Rol]


[11/9/25, Congrès Spirite] M. Léon Denis, Doyen du Spiritisme:

[photographie de presse] / [Agence Rol]



Apresentação do site:


O site homenageia Léon Denis com os seus pensamentos e obras em prol da Doutrina Espírita, pois foi aquele que aprofundou as idéias de Allan Kardec e como trabalhador das primeiras horas conduziu o farol para iluminar as consciências dos homens!!!


Léon Denis foi um filósofo, médium e um dos principais continuadores do Espiritismo após a morte de Allan Kardec, ao lado de Gabriel Delanne e Camille Flammarion.


Léon Denis foi o consolidador do Espiritismo. Não foi apenas o substituto e continuador de Allan Kardec, como geralmente se pensa. Denis tinha uma missão quase tão grandiosa quanto à do Codificador.


Cabia-lhe desenvolver os estudos doutrinários, dar continuidade às pesquisas mediúnicas, impulsionar o movimento espírita na França e no Mundo, aprofundar o aspecto moral da Doutrina e, sobretudo, consolidá-la nas primeiras décadas do século.


Dentre as suas múltiplas ocupações, foi presidente de honra da União Espírita Francesa, membro honorário da Federação Espírita Internacional, presidente do Congresso Espírita Internacional, realizado em Paris, no ano de 1925. Teve também a oportunidade de dirigir, durante longos anos, um grupo experimental de Espiritismo, na cidade francesa de Tours.


Irmãos W. e Jorge Hessen


Primeiro encontro de Léon Denis com Allan Kardec


Havia apenas três anos que Léon Denis se iniciara no Espiritismo quando, em 1867, Allan Kardec aceitou um convite para pronunciar uma conferência em Tours. Léon Denis teve então a oportunidade de se entrevistar com o Codificador na quinta de Leandre Rebondin, que hospedava o casal Rivail, conforme descreve o próprio Denis:


Alugáramos para recebê-lo e ouvi-lo, uma sala na rua Paul Louis Courrier e pedíramos a necessária autorização à Prefeitura pois, durante o Império, uma severa lei proibia qualquer reunião de mais de vinte pessoas.


Acontece que no momento fixado para essa assembléia fomos informados de que o nosso pedido fora indeferido. Encarregaram-me então de permanecer no local a fim de avisar os convidados de que deviam dirigir-se a Spirito-Villa, a casa do senhor Rebondin, na rua Sentier, onde a reunião se iria realizar no jardim. Éramos aproximadamente trezentos ouvintes, em pé, apertados de encontro às arvores.


Sob a claridade das estrelas, a voz doce e grave de Allan Kardec fazia-se ouvir; podia-se ver a sua fisionomia, iluminada por uma pequena lâmpada colocada sobre uma mesa no centro do jardim, proporcionando um aspecto fantástico.


Foram-lhe postas várias perguntas e ele respondia com bondade, sorridente... As flores do senhor Rebondin ficaram destruídas, mas o importante foi o sucesso daquela noite...lembrança perpétua e indelével. Falou-nos sobre a obsessão e várias questões lhe foram postas, às quais respondeu sempre bondosamente.


Terminada a reunião, todos levaram inefáveis recordações desse memorável encontro.


No dia seguinte, voltei a Spirito-Villa, a fim de visitar o Mestre; encontrei-o trepado numa escada, ao pé de uma grande cerejeira, apanhando os frutos que deitava a madame Allan Kardec. Uma cena bucólica que o distraía das suas graves preocupações.


No seu artigo “História do Desenvolvimento do Espiritismo em Tours”, Denis completa a informação dos seus contactos com o mestre de Lyon: Eu vi-o mais duas vezes depois da sua viagem a Tours: na sua residência na rua Saint-Anne, em Paris, e pela última vez em Bonneval, na quinta Petit Bois, onde os espíritas do Eure-et-Loire e Loire-et-Cher estavam reunidos para ouvir os seus discursos e confraternizarem. No ano seguinte, em 1869, morria ele subitamente pela ruptura de um aneurisma.


A rua Sentier, em Spirito-Villa, tornou-se um lugar importante e histórico para o Espiritismo, pois foi onde aconteceu a primeira conferência espírita à luz das estrelas, e onde se deu o primeiro dos três encontros que Léon Denis teve com Allan Kardec.


Esta importância histórica levou-nos a conhecer o local no ano 2000. O que era uma quinta, em cujo jardim puderam instalar-se 300 pessoas, conforme relata Denis, foi dividida em lotes ainda naquela época, e hoje abriga casas centenárias muito bem cuidadas pelos seus moradores. Uma pequena rua só para peões, dá entrada a Spirito-Villa, a qual percorremos emocionados. Escolhemos uma casa com um vasto jardim, que imaginamos ser uma parte daquele pisado por Allan Kardec para a sua conferência e, com um pouco de receio, tocamos à campainha.


Um jovem atendeu e, falando em inglês, pedimos para fotografar o jardim da sua casa, já que éramos pesquisadores e escritores brasileiros e ali, há mais de 130 anos, dera-se um acontecimento muito importante para nós.


Confessamos que tínhamos receio de sermos mal recebidos, perante a inusitada história contada. Porém, para surpresa nossa, o jovem André, muito gentil, franqueou-nos a entrada e foi chamar a sua simpática avó, Madame Madeleine Renaud que, além da sua amizade, nos ofereceu uma cópia dos documentos da propriedade, datados de 1840 e autenticados com o selo em branco de Napoleão.


Não há dúvida que um documento como este pode não representar quase nada para a história do Espiritismo, mas a fidalguia e a amizade com que aquela família de Tours nos recebeu e confiou nos motivos pelos quais dois desconhecidos, que não falavam a sua língua, lhes bateram à porta, foi quase tão emocionante como pisarmos aquela terra em que sabíamos que dois gigantes do pensamento humano tinham deixado as suas marcas há mais de cem anos.


Foi, pois, com os olhos nublados e a recordar a descrição de Léon Denis do seu encontro com o mestre, que passamos alguns minutos naquele jardim,fazendo uma sentida prece e tentando transportar a nossa mente para o distante ano de 1868, para ouvir os ecos das palavras do mestre sob a luz da lamparina e tendo por teto a abóbada celeste.


Parecia que a terra ainda guardava a doçura das cerejas caídas aos pés de Amélie Boudet e que o farfalhar das folhas secas, denunciando a chegada do jovem Léon Denis atrasado para o início da reunião,ainda era ouvido pela nossa fantasista audição. E o mesmo sentimento bucólico que Denis viu naquela cena, ele no-lo emprestou, e a nossa imaginação voou alto, muito alto...


Aos privilegiados trezentos ouvintes daquela memorável conferência, somara-se mais um...


Eduardo Carvalho Monteiro

Escritor, Jornalista e Biógrafo Espírita


Trecho de uma comunicação de Léon Denis após o seu desencarne obtida em Tours, em 8 de julho de 1927, por incorporação


“Minha prezada senhora Renée, a impressão que tivestes, pessoalmente, entre 8 horas e 9:15, na noite de 12 de abril é, naturalmente, em decorrência do êxtase, do desdobramento, da alegria, do deslumbramento e da luminosa vertigem que eu mesmo senti, trocando de mundo.


Da vida terrestre, com seu movimento orgânico, à vida do espaço, com sua sensação radiosa, há forçosamente, na mudança das situações, um ponto morto que fica em suspensão, em maior ou menor tempo, conforme a evolução, estado da alma e a observação do indivíduo.


Após o momento em que pararam os órgãos que animavam meu pensamento humano, no minuto em que despertei para a luz do Além, tive uma espécie de sonolência, de sono hipnótico.


Sentia-me como que entorpecido por condensações de vapor, que formavam em torno de mim algo como um casulo fluídico.


Meus queridos e bons guias trabalhavam; depois, minha respiração deixou meu envoltório carnal e, como um débil fio, desligou-se sem choque.


Senti, então, todo o meu ser dilatado, vaporoso, atraído como por mãos invisíveis, que não eram senão os pensamentos de meus guias.


Esses pensamentos se concretizavam e tocavam meu espírito sob a forma de emanações luminosas, refletidas pelo perispírito de meus entes queridos desencarnados.


Eu flutuava em derredor deles como o pássaro que sai do ovo, mas que é frágil e dá seus primeiros passos em vossa Terra.


Havia deixado minha casa carnal e ensaiava as primeiras evoluções no Mundo da Luz, domínio maravilhoso criado por Deus.


Mais do que nunca, meus amigos, sei agora que todo ser humano rompe sua carcaça física com maior ou menor dificuldade, de acordo com a sua evolução e conforme o grau de fé e de confiança que tenha na bondade e na justiça de Deus.”


Léon Denis

(Revue Spirite, outubro de 1927)


Fontes


Canal Espírita Jorge Hessen (Leon Denis assina mensagem especular por Divaldo Franco - Psicografia na Abertura do 4º Congresso Espírita Mundial)


Canal Espírita Jorge Hessen (Documentário BBC - A Ciência e as Sessões Espíritas) (Documentário produzido pelo respeitado canal de televisão britânico BBC, no qual temos o resgate histórico daqueles foram os mais extraordinários eventos do século XIX: as manifestações espirituais, das quais brotaram, além da Doutrina Espírita, as grandes e revolucionárias invenções tecnológicas na âmbito das telecomunicações, como o rádio e a televisão)


Centre Spirite Lyonnais Allan Kardec (Bibliothèque Spirite)


Federación Espírita Española (Biblioteca Espírita)


l'Encyclopédie Spirite (Bibliothèque Spirite)


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"Fé do passado, ciências, filosofias, religiões, iluminai-vos com uma chama nova; sacudi vossos velhos sudários e as cinzas que os cobrem. Escutai as vozes reveladoras do túmulo; elas nos trazem uma renovação do pensamento com os segredos do Além, que o homem tem necessidade de conhecer para melhor viver, melhor agir e melhor morrer!"


Léon Denis "Cristianismo e Espiritismo"


Fonte: Autores Espíritas Clássicos

  


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